Uma tragédia silenciosa aos olhos da sociedade Sulmatogrossense não parece abalar o brio e a resistência desta comunidade indígena da etnia Kaiowá na busca de um espaço definitivo o qual possam chamar de seu habitat natural.
O frio e a fome parece ser algo muito pequeno frente as adversidades já enfrentadas ao longo dos tempos, adversidades estas que castigam homens, mulheres e crianças mas não tiram o maior dom desta etnia: A fé e perseverança no NHANDERÚ supremo, que protegerá sempre a terra sem males.
As frequentes chuvas tem castigado em muito esta comunidade com o alagamento de seus já precários barracos de lona envolto em palhas de bocaiuva, pois ali não é possível encontrar o tradicional capim Sapé muito usado para a construção de suas tradicionais ocas ou Hoga guassú nos Tekohás nativos. Com a chuva também vieram outras problemáticas como o aparecimento das Sanguessugas nas águas que ao longo do acampamento vão empoçando e colocando em risco a saúde já fragilizadas pela pouca alimentação precária a que tem acesso.
Em nossa visita tivemos a oportunidade de fotografar esta localidade (fotos acima) para mostrar a sociedade o quanto é grande o descaso e a discriminação do índio nesta região tão rica e ao mesmo tempo insensível frente a esta emblemática tragédia indígena.
As lideranças relembraram com muito saudosismo o governo de Zeca do PT que trouxe não somente os programas sociais e vitais como o segurança alimentar, Cheroga me, Xeretã, mas acima de tudo a dignidade e o fortalecimento da auto estima para os mais humildes e especialmente para os povos indígenas.
As lideranças acreditam que somente com volta do governo popular haverá a certeza de dias melhores principalmente com a intermediação dos conflitos nos campos de Mato Grosso do Sul pois ainda confiam nas leis que regem este Brasil e citam a constituição de 88 marco definitvo nas garantias dos direitos para os povos indígenas.