quarta-feira, 27 de março de 2019

Morre indígena que ajudou a elaborar Constituição e presidiu conselhos

25/03/2019 





Eduardo Barbosa Pereira teve complicações após dengue e pneumonia, segundo o filho Sander Barbosa

Mayara Bueno


Eduardo ao lado de Natielly, filha de Sidney. (Foto: Divulgação/Sidney Albuquerque).




Morreu aos 78 anos o indígena Eduardo Barbosa Pereira, da etnia guarani-kaiowá, em Campo Grande. Segundo o filho Sander Barbosa Pereira, o pai sofreu uma parada cardíaca e insuficiência respiratória na noite de domingo (dia 24), após apresentar quadros de dengue e pneumonia. Ele estava internado no Hospital Militar da Capital.

Na trajetória de Eduardo constam a luta por regularização fundiária e também a participação na elaboração da Constituição de 1988, entre outros feitos todos voltados à questão indígena em Mato Grosso do Sul e no País.

“Na Constituição Federal, ele apresentou propostas que hoje formam os artigos 231 e 232, que tratam da demarcação e questão da cultura indígena”, afirmou o filho.

Eduardo Índio participando do evento Mundial ECO 92 no Rio de Janeiro - Brasil

























A vitória mais recente que o pai ajudou é sobre a regularização da terra indígena Água Bonita, próximo à região do Tarsila do Amaral, norte da Capital. Segundo Sander, o governo reconheceu a área, enviou o projeto de lei que foi aprovado na Assembleia Legislativa e, agora, resta a entrega do título para a associação de moradores.

Eduardo não teve tempo de ver o mesmo resultado nas comunidades Vila Romana e Vila Bordon, mas estava em busca desta regularização também. “Ele tinha dado encaminhamento. Mas vamos continuar a caminhada dele”. O indígena presidiu os Conselhos Municipal e Estadual da Defesa dos Índios por 12 anos.

Companheiro na militância, o indígena Sidney Albuquerque, lembra que acompanhou a trajetória do líder quando ambos compuseram o Conselho Municipal. “Respeitamos a luta dele, estou muito triste”

terça-feira, 26 de março de 2019

Após dengue, morre em Campo Grande líder indígena que ajudou a elaborar Constituição

25/03/2019  





Eduardo Índio presidiu o Conselho Estadual dos Direitos do Índio por mais de uma década, e faleceu aos 78 anos


COTIDIANO
Guilherme Cavalcante Em 09h10 - 25/03/2019


Sepultamento de Eduardo Índio será às 15h30 da segunda-feira (25), no Parque das Palmeiras, em Campo Grande (Foto: Reprodução | Facebook)





Faleceu na tarde do domingo (24), em Campo Grande (MS), o líder indígena Guarani-Kaiowá Eduardo Barbosa Pereira, aos 78 anos, em decorrência de uma parada cardíaca. 

Eduardo Índio, como também era conhecido, contraiu dengue e teve queda de plaquetas. Mas, mesmo após estabilizar da doença, ficou com o pulmão debilitado.

De acordo com a família, ele estava internado na CTI (Centro de Terapia Intensiva) do Hospital Militar de Área de Campo Grande, após o estado de saúde evoluir para um quadro de pneumonia.

O líder teve a vida marcada pela representação de comunidades indígenas em diversas instâncias. Dentre os feitos, estão a participação da comissão indígena que incluiu os artigos 231 e 232 na Constituição Federal de 1988. 

A partir da década de 1980, Eduardo Índio atuou na representação indígena em Mato Grosso do Sul, sendo presidente do Conselho Estadual dos Direitos do Índio (CEDIN) por 12 anos.

Dentre as conquistas das quais participou, também estão a carteira de trabalho indígena, a promoção de diversos cursos profissionalizantes para sua comunidade, além de ter atuado pela realização dos Jogos Estaduais Indígenas, enquanto esteve à frente do conselho estadual. 

Conhecido por ter integrado a comissão indígena da Assembleia Constituinte da Constituição de 1988, o indígena pertencia à etnia guarani-kaiowá e militava na causa indígena desde a década de 1960.



Eduardo também integrou o Conselho Municipal dos Direitos e Defesa dos Povos Indígenas (CMDDI) de Campo Grande. Sua articulação junto ao poder público também resultou na regularização fundiária da aldeia urbana Água Bonita, na região do Nova Lima, na Capital.

Eduardo também representou o CMDDI durante os I Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, em palmas (TO) em 2015, sendo um dos coordenadores da edição e responsável pela Oca da Sabedoria, onde todos os dias, durante os jogos, debates eram realizados.

O velório de Eduardo Índio é realizado desde a meia noite desta segunda-feira (25), no cemitério Parque das Palmeiras (Avenida Tamandaré, 6934 – Jardim Seminário), onde também ocorrerá o sepultamento, às 15h30. 

Ele deixa mulher, com quem foi casado por 52 anos, 10 filhos e 11 netos.

domingo, 3 de março de 2019

Preservar o que temos e reflorestar onde for preciso

03/03/2019                             22:00


Por; Sanders Barbosa


É extremamente urgente reflorestar o planeta e nossas aldeias seja rural ou urbana










Parabéns Mato Grosso do Sul, estado em pleno desenvolvimento

  11 de Outubro - 2022  23:23 Por; Cultura Nativa - MS