sábado, 24 de agosto de 2019

terça-feira, 13 de agosto de 2019

Obrigado pai por tudo nesta vida

13/08/2019      21:10


Por; Sanders Barbosa

Minha homenagem ao meu falecido pai   Eduardo Índio - Kaiowá


Passa tempo, passa tempo... E chegou novamente agosto. O mês difícil. Não, não é nenhum tipo de superstição. 

É apenas um mês difícil. Triste. É difícil ver a todo momento a palavra pai estampada em cada canto. 

Em cada comercial, propaganda, anúncios de lojas. É difícil ficar olhando sempre sugestões de presentes. 

É triste ver este dia chegar, e com ele a saudade. A saudade existe sempre, mas neste mês ela vem com mais intensidade.

Eduardo Índio - Etnia Kaiowá - MS


Esse homem de semblante sereno, de voz baixa...de olhar distante!
Esse homem cujas rugas do tempo trás em si uma vida... 

Um destino tão marcado, por muitas lutas e sofrimentos, mas coroados de tantas vitórias na longa estrada.

Sei perfeitamente que marcas profundas não se apagam mas ficam guardadas em um lugar no qual apenas eu as encontro no silêncio!

Pai...minha gratidão por tudo o que já vivemos e ainda o que iremos viver.................

quarta-feira, 1 de maio de 2019

Indígenas de MS foram alvos de ‘crimes contra a humanidade’, aponta MPF

01/05/2019                         21:00


Humberto Marques
Acusação permitira remessa dos casos ao Tribunal Penal Internacional e parte de estudo que identificou 24 ataques em 16 anos, com 9 mortes
Movimentação de índios após ataque em Caarapó, em 2016; Procuradoria quer chance de levar casos ao Tribunal Penal Internacional. (Foto: Helio de Freitas/Arquivo)






Um relatório encomendado pela força-tarefa Avá Guarani, do MPF (Ministério Público Federal), elaborado por universidades do Brasil e dos Estados Unidos será usado para que, judicialmente, tente-se reconhecer que populações guaranis-kaiowás de Mato Grosso do Sul foram vítimas de crimes contra a humanidade. A medida, que não visa a alterar outras acusações envolvendo desocupações forçadas de terras, abre brecha para que, caso haja “omissão” no Judiciário brasileiro, tais fatos sejam submetidos ao Tribunal Penal Internacional.
Reportagem do jornal O Estado de São Paulo aponta que, entre 2000 e 2016, foram contabilizados 24 ataques contra indígenas das etnias, que resultaram em 9 mortes e 2 desaparecimentos. A tese de crimes contra a humanidade nesses episódios foi levada ao Núcleo de Direitos Humanos da Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos) e à Cardozo Low School, a faculdade de Direito da Universidade Yeshiva (EUA), que elaboraram parecer sobre esse enquadramento legal.
Apenas as Procuradorias Regionais da República de Dourados, Naviraí e Ponta Porã ofereceram, juntas, denúncias criminais em 11 dos casos relacionados –em outros, a acusação parou na falta de identificação dos autores. Até aqui, só houve decretações de prisões temporárias ou preventivas, sem cumprimento de penas. Uma única sentença, que inocentou o acusado, é alvo de recurso no TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região).
O resultado do estudo das universidades, segundo o MPF, apontou que não houve “fatos criminosos isolados, mas interligados entre si e assim devem ser tratados pelo Estado brasileiro”. A conclusão considerou três fatores para a tese jurídica: a motivação dos ataques (expulsão dos índios de propriedades em terras reconhecidas como indígenas que foram altos de tentativa de retomada sobre estas), a autoria (proprietários rurais e seus vigilantes, inclusive “com a participação, muitas vezes, de políticos locais”) e discriminação (facilitador e encorajador dos atos).
A Procuradoria anota que, embora os ataques não tenham os mesmos autores, estes seriam integrantes de um grupo que age pela expulsão dos índios, “num contexto mais amplo de demarcação de terras que afeta os fazendeiros da região”.
Confrontos na região de Caarapó, em 2016, resultaram em acusações contra proprietários rurais. (Foto: Helio de Freitas/Arquivo)


Confrontos na região de Caarapó, em 2016, resultaram em acusações contra proprietários rurais. (Foto: Helio de Freitas/Arquivo)Denúncias – Dentre os 24 ataques relacionados, houve denúncias dos supostos autores por associação criminosa, sendo relatado, ainda, que as ações ocorreram geralmente de surpresa, tendo entre os alvos pessoas desarmadas, idosos e crianças, obrigados a fugir sob tiros. Também houve relatos sobre espancamentos e outras violações à dignidade.
O MPF afirma que, mesmo em caso de justa causa para expulsar os invasores das propriedades rurais, os ataques configuram exercício arbitrário das próprias razões, crime previsto no artigo 345 do Código Penal. Porém, os episódios se repetiram em áreas apontadas como terras indígenas, sobre as quais pairam ao menos a discussão sobre o título de propriedade dos fazendeiros, que seriam “nulos e sem efeito” à luz da Constituição.
No parecer, aponta-se que há características suficientes para considerar os crimes como “um ataque generalizado e sistemático” contra civis, dentro de um plano “determinado e previamente estabelecidos”, havendo condições de serem qualificados como crimes contra a humanidade, dentro do que prevê o Estatuto de Roma, do qual o Brasil é signatário, e outras jurisprudências internacionais.
Essa tipificação tornaria obrigatória a ação do Estado contra os crimes –mesmo entre países que não são participantes do Estatuto de Roma, já que se tratam de normas de direito e costumes internacionais. Da mesma forma, aponta-se que a nova qualificadora poderia ser analisada com outras acusações já denunciadas, como homicídio, lesão corporal gravíssima, sequestro e ocultação de cadáver, entre outras. Mas, em caso de “omissão” ou “incapacidade” da Justiça brasileira, os processos poderiam ser levados ao Tribunal Penal Internacional.
Fonte: Campo grande news

segunda-feira, 15 de abril de 2019

Líder Indígena Eduardo Índio é homenageado pela FETEMS

12/04/2019



Por; Sanders Barbosa






A federação em educação do estado de Mato Grosso do Sul, prestou homenagem ao líder Indígena Eduardo ìndio por sua luta em prol da causa Indígena e assim enaltecendo suas lutas e conquistas ao longo de sua vida.

Nesta ocasião da homenagem na sede da Fetems foi representado por seu filho Sander Barbosa Pereira.

quarta-feira, 27 de março de 2019

Morre indígena que ajudou a elaborar Constituição e presidiu conselhos

25/03/2019 





Eduardo Barbosa Pereira teve complicações após dengue e pneumonia, segundo o filho Sander Barbosa

Mayara Bueno


Eduardo ao lado de Natielly, filha de Sidney. (Foto: Divulgação/Sidney Albuquerque).




Morreu aos 78 anos o indígena Eduardo Barbosa Pereira, da etnia guarani-kaiowá, em Campo Grande. Segundo o filho Sander Barbosa Pereira, o pai sofreu uma parada cardíaca e insuficiência respiratória na noite de domingo (dia 24), após apresentar quadros de dengue e pneumonia. Ele estava internado no Hospital Militar da Capital.

Na trajetória de Eduardo constam a luta por regularização fundiária e também a participação na elaboração da Constituição de 1988, entre outros feitos todos voltados à questão indígena em Mato Grosso do Sul e no País.

“Na Constituição Federal, ele apresentou propostas que hoje formam os artigos 231 e 232, que tratam da demarcação e questão da cultura indígena”, afirmou o filho.

Eduardo Índio participando do evento Mundial ECO 92 no Rio de Janeiro - Brasil

























A vitória mais recente que o pai ajudou é sobre a regularização da terra indígena Água Bonita, próximo à região do Tarsila do Amaral, norte da Capital. Segundo Sander, o governo reconheceu a área, enviou o projeto de lei que foi aprovado na Assembleia Legislativa e, agora, resta a entrega do título para a associação de moradores.

Eduardo não teve tempo de ver o mesmo resultado nas comunidades Vila Romana e Vila Bordon, mas estava em busca desta regularização também. “Ele tinha dado encaminhamento. Mas vamos continuar a caminhada dele”. O indígena presidiu os Conselhos Municipal e Estadual da Defesa dos Índios por 12 anos.

Companheiro na militância, o indígena Sidney Albuquerque, lembra que acompanhou a trajetória do líder quando ambos compuseram o Conselho Municipal. “Respeitamos a luta dele, estou muito triste”

terça-feira, 26 de março de 2019

Após dengue, morre em Campo Grande líder indígena que ajudou a elaborar Constituição

25/03/2019  





Eduardo Índio presidiu o Conselho Estadual dos Direitos do Índio por mais de uma década, e faleceu aos 78 anos


COTIDIANO
Guilherme Cavalcante Em 09h10 - 25/03/2019


Sepultamento de Eduardo Índio será às 15h30 da segunda-feira (25), no Parque das Palmeiras, em Campo Grande (Foto: Reprodução | Facebook)





Faleceu na tarde do domingo (24), em Campo Grande (MS), o líder indígena Guarani-Kaiowá Eduardo Barbosa Pereira, aos 78 anos, em decorrência de uma parada cardíaca. 

Eduardo Índio, como também era conhecido, contraiu dengue e teve queda de plaquetas. Mas, mesmo após estabilizar da doença, ficou com o pulmão debilitado.

De acordo com a família, ele estava internado na CTI (Centro de Terapia Intensiva) do Hospital Militar de Área de Campo Grande, após o estado de saúde evoluir para um quadro de pneumonia.

O líder teve a vida marcada pela representação de comunidades indígenas em diversas instâncias. Dentre os feitos, estão a participação da comissão indígena que incluiu os artigos 231 e 232 na Constituição Federal de 1988. 

A partir da década de 1980, Eduardo Índio atuou na representação indígena em Mato Grosso do Sul, sendo presidente do Conselho Estadual dos Direitos do Índio (CEDIN) por 12 anos.

Dentre as conquistas das quais participou, também estão a carteira de trabalho indígena, a promoção de diversos cursos profissionalizantes para sua comunidade, além de ter atuado pela realização dos Jogos Estaduais Indígenas, enquanto esteve à frente do conselho estadual. 

Conhecido por ter integrado a comissão indígena da Assembleia Constituinte da Constituição de 1988, o indígena pertencia à etnia guarani-kaiowá e militava na causa indígena desde a década de 1960.



Eduardo também integrou o Conselho Municipal dos Direitos e Defesa dos Povos Indígenas (CMDDI) de Campo Grande. Sua articulação junto ao poder público também resultou na regularização fundiária da aldeia urbana Água Bonita, na região do Nova Lima, na Capital.

Eduardo também representou o CMDDI durante os I Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, em palmas (TO) em 2015, sendo um dos coordenadores da edição e responsável pela Oca da Sabedoria, onde todos os dias, durante os jogos, debates eram realizados.

O velório de Eduardo Índio é realizado desde a meia noite desta segunda-feira (25), no cemitério Parque das Palmeiras (Avenida Tamandaré, 6934 – Jardim Seminário), onde também ocorrerá o sepultamento, às 15h30. 

Ele deixa mulher, com quem foi casado por 52 anos, 10 filhos e 11 netos.

domingo, 3 de março de 2019

Preservar o que temos e reflorestar onde for preciso

03/03/2019                             22:00


Por; Sanders Barbosa


É extremamente urgente reflorestar o planeta e nossas aldeias seja rural ou urbana










quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Imagens captadas da Aldeia Água Bonita a partir do uso de Drone

20/02/2019                             18:00


Por; Sanders Barbosa




O vídeo mostra imagens aéreas da área onde esta sendo implantado o projeto de construção de moradias da aldeia Água Bonita em contexto rural, situada na região norte de Campo Grande - Estado de Mato Grosso do Sul. 





O vídeo  é um registro definitivo da história desta aldeia para pesquisas atualmente e para as futuras gerações.

Vídeo gentilmente cedido para divulgação pelo professor engenheiro Pablo

Parabéns Mato Grosso do Sul, estado em pleno desenvolvimento

  11 de Outubro - 2022  23:23 Por; Cultura Nativa - MS