segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Indígenas homenageiam lideranças que morreram em conflito por terras no MS


Desfile da Independência


Samira Ayub 


Após o desfile cívico em comemoração ao Dia da Independência do Brasil, um grupo de indígenas ocuparam a rua 14 de Julho, durante a Marcha dos Excluídos, para sensibilizar autoridades e população sobre a morte de lideranças durante conflito de terras no Estado. 

Indígenas carregaram cruzes com nomes de vítimas em conflito (Foto: Samira Ayub) 
Na manhã desta segunda-feira (7), indígenas carregaram caixão e familiares seguraram cruzes com os nomes das vítimas, como o Oziel Gabriel e Dorvalino Rocha. 

Segundo o professor Sander Barbosa, da etnia Kaiowá, morador na Aldeia Água Bonita, de Dourados, a manifestação de hoje tem como objetivo sensibilizar o Governo Federal e Estadual sobre a urgência na demarcação de terras no Estado. 

“Queremos alertar a população, alertar o Governo Federal e Estadual, porque pessoas já morreram e outras podem vir a morrer”, afirmou. “Não podemos deixar que outras lideranças percam suas vidas, queremos que olhem pela demarcação”, disse. 

Em um determinado momento, o grupo colocou o caixão, que representava simbolicamente os indígenas mortos, e cercaram o caixão. Os indígenas rezaram pelos seus mortos em um ritual de canto e dança. 

No dia 29 de agosto, O Departamento de Operações de Fronteira confirmou a morte de um indígena durante o durante conflito em uma fazenda no município de Antônio João – distante a 253 km de Campo Grande. Ele foi morto com um tiro na cabeça.

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