domingo, 26 de abril de 2015

Governo lança amanhã plano de políticas públicas para a população indígena


26/04/2015                   18:27

Flávia Lima 


A Secretaria de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho (Sedhast), por meio da Subsecretaria de Políticas Indígenas, lança nesta segunda-feira (27), uma série de ações com o objetivo de dar visibilidade às culturas indígenas de Mato Grosso do Sul, além de promover uma discussão sobre os problemas enfrentados pelos povos indígenas.

Subsecretária de Políticas Indígenas, Silvana Dias. Foto: (Divulgação)
 Entre as atividades que serão anunciadas a principal é a elaboração do Plano Estadual de Políticas Públicas para a População Indígena, com previsão de entrega até novembro deste ano. 

De acordo com a subsecretária de Políticas Indígenas, Silvana Dias, o documento será um dos primeiros do País e terá um papel fundamental não apenas no aspecto de ações políticas, mas também no reconhecimento à luta do movimento indígena. 

Nos primeiros quatro meses do ano foram visitadas mais de oito aldeias e realizados diversos acompanhamentos na entrega de cestas alimentares pela Subsecretaria de Políticas Indígenas. “Nós temos a segunda maior população indígena do país, com aproximadamente 75 mil índios. 

Ações de protagonismo para esses povos são de extrema importância para o desenvolvimento social do Estado”, destaca a vice-governadora e secretária da Sedhast, Rose Modesto. 

As ações de lançamento contarão com apresentações culturais e acontecerão no Centro Cultural José Otávio Guizzo e na terça-feira (28), no Museu da Imagem e do Som (MIS). 

O Centro Cultural José Octávio Guizzo fica na Rua 26 de Agosto, 453, entre as ruas Calógeras e a 14 de Julho. 

Já o Museu da Imagem e do Som fica no Memorial da Cultura, na Avenida Fernando Correa da Costa, 559, 3º andar, no centro. Ambos os eventos são abertos ao público.

'É uma forma de gritar por nossos direitos', diz 1º índio brasileiro a correr maratona de Londres

26/04/2015                 14:00


Hugo Bachega - @hugobachega 
Da BBC Brasil em Londres  

Nixiwaka deverá ser primeiro índio a participar da tradicional maratona de Londres Nixiwaka Yawanawá vai correr uma maratona, mas diz que seus passos serão, na verdade, um grito. Quando for dada a largada na corrida de Londres neste domingo, acredita-se que ele será o primeiro índio a participar da tradicional prova da capital britânica.

Nixiwaka deverá ser  primeiro índio a participar da tradicional maratona de londres




E Nixiwaka acredita que isso dará destaque às questões indígenas no Brasil. "É uma novidade para muitas pessoas (ter um índio correndo). É uma forma de gritar, de chamar atenção do público internacional para a causa indígena", diz ele, bem humorado, em entrevista à BBC Brasil. 

Nixiwaka, de 28 anos, é integrante dos yawanawá, ou "Povo do Queixada", uma tribo de 900 membros que vive no oeste do Estado do Acre e cuja área foi demarcada em 1984. Mora em Londres há quatro anos, onde atua para a organização Survival International, que defende os direitos indígenas. 

Sua participação na corrida de domingo servirá para levantar fundos para a entidade - da meta de 3 mil libras, diz já ter juntado 2 mil (cerca de R$ 9 mil). E diz que fará todo o percurso sem tirar seu cocar da cabeça. "Vou correr com um cocar pequeno, para me dar aquele apoio espiritual, como se eu estivesse voando . 

Vou estar voando, mas nos meus pensamentos." Nixiwaka afirma estar preparado, após treinar por três meses, "correndo direto" no Hyde Park, um dos maiores parques de Londres. Na verdade, diz que nem foi preciso tanto esforço: "Já tenho uma preparação natural. Quando era pequeno, jogava muito futebol. E também caçava muito. Subia terra, descia terra."

 Do Acre para Londres 

 Passou grande parte de sua infância em Kaxinawa, considerada a área mais sagrada das terras dos yawanawá. Estudou na pequena cidade de Tarauacá até os 10 anos, quando voltou para a tribo. Sua rotina foi, então, de "estudar, caçar, pescar e dar aula de português". "Mas sempre indo à cidade representar nossa cultura. 

Sempre estive presente no mundo moderno, na cultura branca. Acho isso importante - que nós, povos indígenas, tenhamos essa conexão", diz. 

Nixiwaka tem participado de campanhas no reino unido de conscientização sobre causas indígenas


"A gente tem que usar também os instrumentos do branco para nosso benefício e contribuir com nossa forma de viver." Nixiwaka tem participado de campanhas no Reino Unido de conscientização sobre causas indígenas Diz que a vida dos yawanawá é simples - comem o que plantam, caçam e pescam. 

Nas aldeias, há casas tradicionais e também "no estilo moderno". Aprendem a língua da tribo e português. A tecnologia também já chegou a eles, que usam telefones celulares e computadores e teriam até perfis no Facebook. A mudança para Londres veio da vontade de "viajar e explorar o mundo e aprender inglês, um sonho desde criança" e uma influência do pai, diz. 

"Ele sentia uma necessidade muito grande de alguém do nosso povo aprender inglês para ajudar na comunicação das questões indígenas." As passagens foram pagas por um amigo. Outros deram abrigo em Londres. Começou a trabalhar como garçom, antes de chegar à Survival, onde tem participado de campanhas e visitado escolas e universidades britânicas para divulgar causas indígenas. 

"Minha primeira impressão foi de sentir o tempo muito frio em Londres. Venho do Acre, que é um lugar muito quente e úmido. Foi um choque físico e espiritual com a temperatura.

A diferença em relação ao clima passou. Vieram, então, as culturais. 

"Depois, vi que Londres é uma cidade muito grande, muito agitada, muito barulhenta. Pessoas de vários lugares do mundo. A dificuldade de me comunicar era muito grande". "Fiquei realmente perdido numa floresta de concreto. Foi um choque num primeiro momento. Mas, depois, o espírito foi se acalmando devagar e comecei a me adaptar." "Mas, realmente, é uma mudança de vida muito grande para uma pessoa que vem da Floresta Amazônica e, no outro dia, acorda em Londres.

" De volta para o Brasil?

 Nixiwaka treinou por três meses em Londres, mas se disse preparado 'naturalmente' Nixiwaka diz-se, agora, adaptado - um "índio brasileiro yawanawá britânico". Em Londres, está acompanhado por uma filha de 3 anos. 

Nixiwaka treinou por três  meses em londres, mas se disse preparado "naturalmente"


No Brasil, ficaram outros dois, de 5 e 9 anos, que moram na cidade. Diz planejar levar todos para a aldeia, para que aprendam sua cultura. 

E planeja, ele mesmo, voltar. Ainda neste ano, deverá visitar a aldeia por um longo período. Mas acredita ainda ter uma missão a cumprir na capital britânica. "O povo indígena está, em geral, correndo um grande risco. A terra é muito cobiçada pelas grandes companhias e multinacionais e pelo desenvolvimento do país. 

Sabemos que a floresta é o ponto principal de exploração", diz Nixiwaka. "Sabemos que o direito indígena no Brasil hoje esta passando por um problema muito grande. A gente quer apenas que as autoridades respeitem nossos direitos, demarcando a terra. 

Alias, é só isso que a gente quer". Sua missão em Londres, explica, é falar para o público internacional sobre os povos indígenas. "Quero poder contribuir de qualquer outra forma para guardar esse nosso patrimônio, que é a Floresta Amazônica. E nós, povos indígenas, somos seus guardiões".

sábado, 25 de abril de 2015

'Índia fitness' exibe corpo escultural em ensaio fotográfico em prol da campanha "Brazil Save The Awá" ("Brasil Salve os Awá")


24/04/2015                   15:00


Divulgação/Thomaz Assessoria
Portal Bol









A modelo Cintia Vallentim, 24, fez um ensaio sensual em prol da campanha "Brazil Save The Awá" ("Brasil Salve os Awá").






Este é um projeto da ONG inglesa Survival Internacional, que visa proteger a aldeia da tribo Awá, localizada no Maranhão, e em alguns pontos isolados na Floresta Amazônica. 






A gata, que é descendente de índios, faz sucesso nas redes sociais, onde ganhou o apelido de "índia fitness".



LOGO DA CAMPANHA MUNDIAL A FAVOR DOS AWÁ DO BRASIL




Índios abandonam set de filmagem de Adam Sandler após se sentirem ofendidos


25/04/2015             13:40

 Russel Contreras

De Novo México, EUA

Um grupo de índios americanos, que atuavam na comédia de faroeste "Ridiculous Six" escrita e protagonizada por Adam Sandler, abandonou o set de filmagens esta semana. 

Os atores se sentiram ofendidos com cenas que, segundo eles, estereotipavam e desrespeitavam as práticas religiosas das comunidades indígenas americanas. 


 Divulgação Ator Loren Anthony abandonou set de filmagens de "Ridiculous Six", de Adam Sandler 
O ator Loren Anthony disse à AP, nesta quinta-feira (23), que ele e outros oito atores deixaram a produção do filme satírico de Adam Sandler após os produtores terem menosprezado as preocupações dos índios sobre um "uso inapropriado de adereços" do povo Apache. 

Segundo Anthony, o roteiro incluía nomes ofensivos às personagens mulheres. 

Os atores criticaram cenas em que uma índia urinava em quanto fumava um cigarro da paz e outra em que tendas eram decoradas com penas de galinha. "Quando descobrimos mais detalhes sobre o roteiro, percebemos que era totalmente desrespeitoso com os mais velhos e com as mulheres", comentou Anthony. 

O filme "The Ridiculous Six", produzido por Sandler e Allen Covert, terá lançamento exclusivo na Netflix e está sendo rodado nos estados de Santa Fe e Novo México, nos Estados Unidos.

A Netflix divulgou um comunicado informando que o filme tem "ridículo" no título e esta seria a razão de "ser ridículo".

"É uma grande sátira dos filmes de faroeste e os estereótipos que eles popularizaram, com um elenco diverso que não é apenas uma parte do filme mas também uma brincadeira". 

A atriz Goldie Tom que também abandonou o set, nesta quarta-feira (22), contou que os produtores avisaram aos atores que poderiam deixar o filme se estivessem ofendidos, mas não haveria possibilidade de alterar o roteiro. 

O filme "The Ridiculous Six" é uma paródia do longa de faroeste "Sete Homens e um Destino" e é o primeiro de quatro que Sandler produzirá para a Netflix. Will Forte, Steve Buscemi, Taylor Lautner, Terry Crews, Vanilla Ice eRob Schneider integram o elenco dirigido por Frank Coraci e roteirizado por Sandler e Tim Herlihy.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Comunidade indígena recebe acesso a água tratada através de programa social


20/04/2015                   08:04


Mariana Rodrigues 

 Neste ano, 160 famílias foram cadastradas para receber acesso ao saneamento básico em Campo Grande pelo Programa Água Solidária. A ação atendeu os bairros Aquarius II, Monte Alegre, Vila Bordon e Santa Mônica, onde se encontra cerca de 60 famílias da comunidade indígena Terena, Tumuné Kalivonó (Futuro da Criança). 

 Diecson Prado, gestor do Programa social da Águas Guariroba, concessionária responsável pelos serviços de água e esgoto na Capital, explicou que a iniciativa promove a instalação de redes de água para atender as habitações, instala medidores e cadastra todas as famílias beneficiadas na Tarifa Social, garantindo desconto de 50% na conta. 

Foram implantados 260 metros de rede para atender a comunidade. (Foto: Divulgação)




“Quando levamos o programa para lugares que não tinham serviços básicos, estamos promovendo a inclusão destas pessoas. 
Levamos mais qualidade de vida com condições para ter saneamento”, afirma Diecson. 

Para atender as famílias do loteamento indígena do bairro Santa Mônica, foram implantados 260 metros de rede, que garantem água tratada para os moradores 24 horas por dia. 

 Para o líder da comunidade, Romualdo Lopes Mamede, diz querer buscar as conquistas de forma honesta, exercendo seus direitos “Quando nós buscamos cidadania, queremos exercer os nossos direitos e ter uma moradia com condições de vida, com água tratada e pagando os tributos. 

É assim que queremos buscar nossas conquistas aqui”, afirma. O programa atende desempregados, pessoas com doenças crônicas e famílias numerosas com renda inferior a um salário mínimo. Mãe de três filhos, a indígena Lucilene Sabino da Silva, acredita que ter água tratada em casa é uma segurança para ela e para as crianças. 

“Tudo muda quando a gente começa a receber água em casa. É uma segurança para nós e a certeza de mais saúde para as crianças”, comenta Lucilene. Segundo a concessionária, nas áreas atendidas as ligações clandestinas são regularizadas, é feito um acompanhamento da situação dos moradores, com orientações para o consumo consciente e até reparo de vazamentos internos.

Durante a ação, uma equipe é levada para a região atendida, recebe os moradores, realizando o cadastramento e, caso seja necessário, negocia débitos da forma que melhor se adequar ao cliente.

sábado, 18 de abril de 2015

Paola Oliveira participa de comemoração do Dia do Índio em aldeia de MS


18/04/2015                           10:44 


Atriz divulgou campanha que leva água potável as comunidades

 Wendy Tonhati 

A atriz Paola Oliveira, que está em Mato Grosso do Sul gravando cenas de um longa-metragem, participou na última sexta-feira (17), de uma comemoração de Dia do Índio, em uma aldeia de Amambaí, a 342 quilômetros de Campo Grande. 



Na aldeia, a atriz divulgou a organização Waves for Water, que trabalha com soluções para levar água potável a comunidades carentes. 

 A foto em que a atriz aparece mostrando o funcionamento de um filtro de água, também foi compartilhada pela atriz e apresentadora Daniele Suzuki que divulgou a imagem no Instagram. 



 Paola está em Dourados, a 225 quilômetros de Campo Grande, onde participa das gravações do filme ‘Em nome da Lei’, que tem como uma das inspirações, a história do juiz federal Odilon de Oliveira.

Parabéns Mato Grosso do Sul, estado em pleno desenvolvimento

  11 de Outubro - 2022  23:23 Por; Cultura Nativa - MS