09/02/2011 12h04 - Atualizado em 09/02/2011 12h04
Aline Queiroz
Cartilha feita pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho) é traduzida para as línguas terena e guarani para que os indígenas conheçam os direitos trabalhistas. Hoje, um dos principais problemas na rotina do órgão são as denúncias de exploração de índios, principalmente, em usinas de álcool.
Os grupos iniciaram o trabalho há um mês e a previsão é de concluir o estudo em três meses.
Equipe terena trabalha na tradução em Campo Grande e outras duas, guarani, em Douradina e Dourados.
O trabalho é coordenado pela antropóloga Katya Vietta e faz parte do projeto Educação Trabalho e Justiça, do TRT.
“É um trabalho muito complexo”, enfatiza Katya. Ela explica que, no primeiro mês do estudo, foi feito levantamento das dificuldades da tradução.
A cartilha original, em português, tem termos jurídicos que não são aplicáveis as línguas terena e guarani.
“Estudamos a melhor forma de levar as informações a esta população, de maneira acessível”, afirma a antropóloga.
A divulgação do material irá depender das particularidades de cada aldeia. Em Dourados, por exemplo, a cartilha deverá ser apresentada diretamente aos indígenas.
Ela revela que em toda aldeia os indígenas trabalham, seja internamente, ou na cidade.
A mão-de-obra dos índios é bastante usada em usinas de cana-de-açúcar e para empreitadas de colheita.
A antropóloga enfatiza que a partir da tradução podem surgir debates relacionados ao tema.
“Os índios têm essência a partir da cultura oral”, destaca.
Outro ponto positivo na criação desta cartilha poderá ser o surgimento de dados referentes ao trabalho de indígenas. Ela afirma não que não existem números de índios que trabalham hoje em Mato Grosso do Sul.
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