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09/09/2013 18:06
Edivaldo Bitencourt
Indígenas chegam para reunião com produtores e técnicos do Governo em Sidrolândia
(Foto: Divulgação)
Edivaldo Bitencourt
Indígenas chegam para reunião com produtores e técnicos do Governo em Sidrolândia
(Foto: Divulgação)
Um grupo de trabalho, formado por técnicos da Agraer (Agência Estadual de Desenvolvimento Agrário) e da SPU (Secretaria do Patrimônio da União), inicia, amanhã (10), os estudos para definir o valor da indenização das terras indígenas da reserva Buriti, em Sidrolândia, a 70 quilômetros.
O começo do levantamento foi definido em reunião realizada hoje no Centro de Múltiplo Uso em Sidrolândia, que reuniu produtores rurais, índios e os representantes da Agraer, Humberto Maciel, da SPU, Carlos Pussolli Neto, e da Funai (Fundação Nacional do Índio), Marco Aurélio Tosta.
Eles definiram que o levantamento começa amanhã. No entanto, o grupo de trabalho vai visitar as 31 fazendas a partir de segunda-feira. Eles deverão concluir o levantamento em novembro deste ano.
Este levantamento vai estabelecer o preço das áreas, incluindo a terra nua e benfeitorias. Estima-se que a área pode custar em torno de R$ 150 milhões. No entanto, índios e produtores rurais estão céticos sobre o resultado do grupo criado pela presidente Dilma Roussff (PT) para solucionar o problema da luta pela terra na Reserva Buriti.
Jânio Geraldo, representante dos índios, disse que o grupo está cansado de enrolação da União. No entanto, eles não querem mais a morte de nenhum indígena na luta pela terra, como aconteceu com Oziel Gabriel Alves, no dia 30 de maio deste ano, quando houve confronto com a polícia durante a desocupação.
Já os produtores temem a falta de dinheiro pelo Governo federal, como foi apresentado pelo produtor rural Lincon Curado.
Os índios ameaçam bloquear a BR-163, entre Campo Grande e Bandeirantes, caso a situação não chegue a uma resolução definitiva.
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