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15/10/2013 11:20
Aliny Mary Dias e Aline dos Santos
Índios exigem saída de Nelson Olazar para iniciar diálogo
(Foto: Marcos Ermínio)
Aliny Mary Dias e Aline dos Santos
Índios exigem saída de Nelson Olazar para iniciar diálogo
(Foto: Marcos Ermínio)
Lideranças indígenas lotam o auditório do MPF (Ministério Público Federal) em Campo Grande na manhã desta terça-feira (15) para discutir a saúde indígena no Estadi. A reunião foi a saída encontrada pelo poder público para a saída dos índios que ocuparam a sede da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) durante 21 dias.
Seguindo as reivindicações feitas durante a ocupação que terminou há uma semana, os índios garantem que os diálogos só irão iniciar depois que o chefe da Sesai, Nelson Olazar, for demitido.
“Para começo de conversa nós queremos a demissão do Nelson Olazar. Se ele não sair, nós podemos até voltar a ocupar o prédio”, afirma o Cacique Branco, da Aldeia Babaçu de Aquidauana.
Além das lideranças, a reunião marcada para começar por volta das 11 horas conta com três procuradores do MPF e o secretário substituto da Sesai, Fernando Rodrigues da Rocha.
Fernando representa a Sesai em Brasília (Foto: Marcos Ermínio) |
De acordo com o representante, a vinda dele a Campo Grande é para cumprir o papel de ouvinte.
(Foto: Marcos Ermínio)
Nelson garante que não há processo administrativo contra ele |
“Eu vim aqui para ouvir e até o momento não chegou a Brasília nenhuma denúncia concreta contra o Nelson”, explica Rocha.
Mesmo diante das reclamações dos índios, Nelson Olazar disse ao Campo Grande News que nunca ouviu reclamações a seu respeito.
“Estou como chefe há 6 anos e nunca vi nenhum processo administrativo contra mim. A Sesai está em um momento de reestruturação e precisa de tempo”, explica o chefe da Sesai.
Sobre a demora nas melhorias do sistema de saúde das aldeias, Olazar admitiu que o processo é demorado.
“Em saúde pública não se fala em amanhã, todo dia fazem melhorias”, completa Nelson.
De acordo com o procurador do MPF, Emerson Kalif Siqueira, o foco da reunião será exclusivamente a questão da saúde indígena e o conflito fundiário não entrará em pauta.
A ampliação do serviço e a aplicação de recursos também serão discutidos.
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