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29/10/2013 19:06
Edivaldo Bitencourt
29/10/2013 19:06
Edivaldo Bitencourt
O grupo, criado pelo Ministério da Justiça e pelo Governo do Estado para levar o valor das terras que vão compor a reserva Buriti, foi impedido de fazer a vistoria e o levantamento em três propriedades.
Entre os donos das áreas vetadas, está o prefeito de Sidrolândia, Ary Basso (PSDB).
Os donos das fazendas Cascata, Água Clara e Furna da Estrela impediram a realização do levantamento das benfeitorias e do tamanho da terra nua. Desde o mês passado, um grupo de técnicos e pesquisadores está visitando todas as 28 áreas que compõem os 15 mil hectares que serão comprados pelo Governo federal.
No entanto, em três fazendas, eles foram proibidos de entrar. O caso foi denunciado, hoje à tarde, por seis caciques ao procurador regional da República, Emerson Kalif Siqueira. Segundo o coordenador técnico da Funai (Fundação Nacional do Índio), Jorge Antônio das Neves, as áreas somam cerca de 3 mil hectares.
O prefeito de Sidrolândia confirmou o veto. “É verdade, a fazenda não está a venda”, afirmou.
Ele disse que os três não querem vender a área para o Governo nem para os índios. “Só vamos vender se for obrigado pela Justiça”, comentou.
Basso contesta a informação de que a fazenda tenha em torno de 200 hectares. “São de 70 a 80 hectares”, afirmou.
Os indígenas esperam uma solução para o problema até 30 de novembro deste ano, quando planejam ocupar o restante das propriedades. Das 28 áreas, eles já estão em 24, entre as quais, a Fazenda Buriti, do ex-secretário estadual de Fazenda, Ricardo Bacha.
O caso ganhou prioridade após um conflito em maio deste ano, quando um índio morreu no confronto com a Polícia durante uma operação de despejo. A morte teve repercussão nacional e a presidente Dilma Rousseff (PT) determinou que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, resolva o problema indígena em Mato Grosso do Sul de uma vez por todas.
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