quarta-feira, 16 de outubro de 2013

"Não havia mais clima para chefe da Sesai", afirmam deputados

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16/10/2013        15:25


Leonardo Rocha

Nelson Olazar pediu demissão ontem, após pressão por sua saída (Foto: Marcos Ermínio)
Nelson Olazar pediu demissão ontem, após pressão por sua saída
(Foto: Marcos Ermínio)

Os deputados estaduais afirmaram que não havia mais clima para o chefe da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) em Mato Grosso do Sul, Nelson Olazar, continuar a frente do seu cargo. 

Eles destacaram que a pressão tanto da comunidade indígena como externa era grande o que resultou em seu pedido de demissão. “A relação estava desgastada, havia muita pressão interna e de fora da entidade, a Sesai não tem estrutura, é um órgão novo que ainda está em formação, em montagem, por isso recebeu muitas criticas”, destacou Laerte Tetila (PT).

O deputado estadual Amarildo Cruz (PT). que inclusive presidiu uma reunião da CPI sobre a saúde indígena, destacou que quando o governo federal retirou da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) o controle da saúde dos índios e criou a Sesai no final de 2011, a estrutura e toda aparelhagem ainda não estava concluída. 

“O chefe da Sesai explicou que ainda estavam se estruturando, criando os mecanismos necessários para execução das ações, ele ainda argumentou que em 2014 e 2015 a situação já estaria satisfatória, mas as reclamações eram muitas”, destacou ele. 

Amarildo ponderou que todas as denúncias do conselho indígena estão sendo apuradas, assim como os documentos entregues pela direção da Sesai. 

Ele garantiu que o relatório da CPI, previsto para ser entregue no dia 23, terá um capítulo exclusivo para tratar da questão. “Vamos apresentar se houve negligência da direção ou se foram precipitados nas críticas a sua gestão”. 

Saída  

O chefe da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), Nelson Olazar, anunciou na tarde de ontem (15), a sua exoneração do cargo . A decisão foi tomada após um grupo de indígenas ocupar a sede do órgão público e o caso ir parar no Ministério Público Federal. 

Sobre a decisão, Olazar alega que não suportou a pressão que foi feita e diz ainda que foi vítima de acusações difamatórias. Diante das acusações, ele nega que durante a gestão tenha sido desonesto. 

“Não admito que duvidem do meu caráter, é muito difícil fazer tudo certo e ainda ter gente falando mal, sou um pai de família, um cidadão de 50 anos, sempre levei minha vida pública com seriedade, tenho um nome a zelar”, ressaltou o chefe da Sesai.

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