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15/10/2013 22:13
Tainá Jara
Tainá Jara
O secretário da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), Fernando Rodrigues Rocha, garantiu que o coordenador estadual do órgão, Nelson Carmelo Olazar, pediu exoneração do cargo, porém não deu prazo para definição de um novo nome para ocupar a coordenação em Mato Grosso do Sul.
O secretário veio diretamente de Brasília para se reunir com as lideranças indígenas e o Ministério Público Federal.
A reunião ocorreu depois da ocupação durante 30 dias do prédio da Sesai em Campo Grande por índios de diversas etnias. A ação se iniciou no dia 18 de setembro e durou até o dia 8 de outubro, após a promessa da vinda do secretário ao Estado.
Os índios reivindicavam a saída do coordenador estadual da Sesai por irregularidades.
O secretário garante que Carmelo já pediu exoneração do cargo, porém esta ainda não foi oficializada. “A exoneração só é sacramentada quando é publicada do Diário Oficial da União. Então eu vou levar este pedido para o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e vou mandar publicar”, afirmou.
Sobre a indicação de um novo nome para ocupar o cargo, Rocha afirma que a nomeação deve seguir uma série de critérios e costuma demorar cerca de 15 dias. “Apesar disto o prazo é relativo”, afirma.
Entra os critérios está ser servidor público, federal, estadual ou municipal; ter pelo menos três anos de saúde indígena e passar por consulta junto a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), para verificar idoneidade do nome.
O presidente do conselho distrital de saúde, Fernando Souza, avalia a reunião como positiva, já que a mudança reivindicada pelos indígenas foi acatada. “Vamos aguarda somente os trâmites burocráticos”, diz.
Apesar da satisfação, algumas lideranças pressionavam para indicação de um novo nome para o cargo. A defesa é pelo nome de Luiz Antônio de Oliveira Junior, chefe de Serviços de Recursos Logísticos da Sesai-MS, que se manterá como substituto de Carmelo, até a decisão do Ministério da Saúde.
Os indígenas aproveitaram a ocasião para apresentar ao secretário da Sesai, os problemas enfrentados nas aldeias do Estado. “A Sesai foi criada em 2010 e nos temos problemas estruturais. Obviamente que para tudo que foi pautado aqui vai ser feito um plano de ação.
A ideia é que a gente consiga efetivamente trazer, na mediação com o Ministério Público, uma resposta a todos os pontos que foram colocados aqui”, garantiu.
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