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16/03/2012 09:46
Fabiano Arruda
Fabiano Arruda
Reunião na Prefeitura de Dourados discutiu nesta quinta o futuro do complexo. (Foto: Divulgação/A. Frota)
Sem funcionar desde 9 de maio do ano passado, quando foi inaugurada, e fechada desde então, a Vila Olímpica Indígena de Dourados, primeira do País e que teve investimento de R$ 1,6 milhão, virou alvo de investigação do MPF (Ministério Público Federal).
Reunião na Prefeitura de Dourados discutiu nesta quinta o futuro do complexo. (Foto: Divulgação/A. Frota)
As denúncias apontam irregularidades na construção do complexo como superfaturamento da obra. Segundo o procurador da República, Marco Antônio Delfino de Almeida, um perito de Brasília (DF) deve visitar a instalação na próxima semana.
Ele deve comparar a construção com o total de recursos investidos.
Outra falha apontada é a pista de atletismo pavimentada, o que foge dos padrões de competições.
O procurador falou do assunto em entrevista no gabinete do prefeito Murilo Zauith (PSB) hoje. Integrantes da Funai (Fundação Nacional do Índio) e comunidade indígena também participaram do encontro.
Na ocasião, Zauith argumentou que o complexo foi inaugurado antes de sua gestão como prefeito.
A administração da Vila é mais um entrave. Em novembro, após reunião, chegou a ser sinalizado que a gestão fosse feita Prefeitura, Governo do Estado e Governo Federal.
No entanto, Murilo garantiu nesta quinta que o município investe financeiramente no complexo, assim como Ministério dos Esportes e Funai, mas a administração deve ficar com conselho composto pela própria comunidade indígena.
Complexo inaugurado há quase dois anos não funciona deste então. (Foto: Divulgação)
Serão investidos mais de R$ 200 mil para atividades esportivas na reserva indígena em Dourados pela administração municipal na Vila Olímpica.
A verba será destinada por meio do PELC (Programa Esporte e Lazer na Cidade.
Entre as ações previstas estão a implantação de núcleos de esporte recreativo e de lazer, para atendimento de crianças, adolescentes, jovens, adultos, idosos e pessoas com deficiência.
O caso
À época do contrato para liberação de recursos à Vila Olímpica, em 2006, a prefeitura de Dourados, administrada por Laerte Tetila, teria assumido a responsabilidade da gestão, que deve girar em torno de R$ 4 milhões por ano.
Complexo inaugurado há quase dois anos não funciona deste então. (Foto: Divulgação)
À época do contrato para liberação de recursos à Vila Olímpica, em 2006, a prefeitura de Dourados, administrada por Laerte Tetila, teria assumido a responsabilidade da gestão, que deve girar em torno de R$ 4 milhões por ano.
Complexo inaugurado há quase dois anos não funciona deste então. (Foto: Divulgação)
O complexo fica localizado entre as aldeias Jaguapiru e Bororó. Com 29 mil metros quadrados é dotado de uma quadra de esportes de estrutura metálica, campo de futebol, pista de atletismo, quadra de vôlei de areia, parque infantil, vestiários, banheiros adaptados e ainda um prédio administrativo.
Os recursos vieram do Ministério do Esporte e foram viabilizados por meio de emendas parlamentares do deputado federal Geraldo Resende (PMDB).
Dourados é o município com a maior população indígena do País, em torno de 12 mil índios das etnias guarani, kaiowá e terena. Esse foi um dos motivos para a cidade ser escolhida para receber a primeira vila olímpica.
Além disso, a reserva local é considerada como uma das mais violentas do Brasil e o esporte é uma forma de tentar mudar o quadro.
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