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27/04/2012 23:49
por, Sander Barbosa Pereira
por, Sander Barbosa Pereira
O segundo dia da III semana do índio promovido pela Copai/OAB/MS, foi marcado pela emoção nos discursos dos palestrantes ao se referirem aos indígenas e seus sofrimentos frente às violências a que são submetidos diariamente.
Em sua palestra a professora e doutora em história Vanderléa Paes mostrou um histórico da situação dos índios que moram nas áreas urbanas de Campo grande e do Chile e fez comparações destas duas realidades que se assemelham muito entre os temas como: Desemprego,moradias, educação, além de mostrar o censo demográfico do êxodo indígena para os grandes centros e apontar que são devido à problemas como: Falta de terra, levados pelos país, melhor qualidade de vida assim como outros.
Na sequência a palestrante doutora Tatiana Ujacow fez uma abordagem sobre os kaiowás da região de Dourados e suas condições consideradas desumanas aos olhos de uma sociedade que não os vêem ou seja vivem de forma invisível, falou das dificuldades que os índios enfrentam em dourados e da sua tristezas ao ver os indígenas revirando lixos na busca de um pedaço de pão ou outro alimento que possam levar para casa.
Fez a leitura de um livro de sua autoria chamado de O direito ao pão novo. Neste livro ela destaca que o direito significa avanços e conquistas aos direitos ou seja ao novo, fortalecimento dos direitos difusos e coletivos amparados pelos artigos 231 e 232 da constituição federal de 88.
Doutora Samia Barbieri em sua palestra focou em suas experiências com os índios urbanos de Campo Grande e suas trajetórias na Copai/MS onde acompanha as denuncias de violações dos direitos indígenas.
Citou o caso da indígena terena da aldeia cachoeirinha no município de Miranda/MS, onde o ônibus lotado de alunos sofreu um brutal ataque com o uso de coquetel molotove que explodiu e atingiu com maior gravidade a indigena Lurdisvone pires que veio a falecer meses depois na Santa casa de Campo grande.
Muito emocionada disse " aquele momento ficou marcado para sempre em minha memória"
Nos momentos finais onde se abriu para os debates o senhor Eduardo Kaiowá fez o uso da palavra para dizer do grande preconceito que os indígenas ainda sofrem no mercado de trabalho e relatou aos presentes que ele próprio foi vitima de preconceito quando buscava um emprego de contador numa empresa, não conseguiu o emprego pelo fato de ser índio.
Finalizou dizendo " temos que avançar na sociedade dita "civilizada"através de um caminho chamado Educação ".
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