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15/08/2012 08:35
Diana Gaúna e Éser Cáceres
Diana Gaúna e Éser Cáceres
O bebê de nove meses de idade que morreu após um ataque no último dia 10 aos guarani-kaiowá em Paranhos, a 477 quilômetros de Campo Grande, não resistiu aos ferimentos causados após ter caído dos braços da mãe durante a fuga.
A
menina teria sido pisoteada enquanto aproximadamente 200 índios tentavam escapar de homens armados que abriram fogo contra o grupo. Os índios retomaram uma tekohá, como chamam as terras consideradas oficialmente como pertencentes a grupos índígenas, e afirmam que foram recebidos a bala.
A Funai (Fundação Naiconal do Índio) de Ponta Porã foi acionada e chegou no local com homens da Força Nacional e da Policia Federal, que teriam recolhido vários cartuchos de tiros que teriam sido disparados contra os índios.
As informações são de membros de um comitê que lidera os indígenas.
A morte do bebê foi confirmada pela Funai, e as investigações da Polícia Federal estão em andamento. O corpo da menina está no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal), em Ponta Porã.
A mãe da criança, Beatriz Centurião, continua na área retomada e aguarda o laudo para confirmas as causas da morte.
Segundo dados do CIMI (Conselho Indigenista Missionário), além do bebê, não houve relatos de feridos. Mas, um índio adulto está desaparecido desde o ataque.
A área é isolada, tem dificuldade de comunicação, e fica no extremo sul de MS, em região de fronteira seca com o Paraguai.
Divulgação
A Força Nacional permanece na região de conflito, chamada de Arroyo Korá pelos guarani-kaiowa e homologada como terra indígena pelo Governo Federal.
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