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21/09/2011 Atualizado em 21/09/2011
Antonio Neres
Edailson Almeida, de Cuiabá
Antonio Neres
A fronteira de Mato Grosso com Rondônia, região Noroeste, está sendo ocupada pelo crime organizado. Distante dos grandes centros e carentes de segurança, criminosos estão se instalando na região e aproveitando, inclusive, as reservas indígenas pelo método de aliciamento dos povos nativos.
A denuncia foi apresentada pelo procurador da República, Reginaldo da Trindade, em reunião com a bancada federal do Mato Grosso, nesta quarta-feira, 21. A reunião aconteceu no Senado Federal.
Trindade relatou a situação crítica pela qual vivem os índios Cinta Larga. Trindade ressaltou a omissão da União e da Fundação Nacional do Índio (Funai) com os indígenas é grande. Segundo o procurador, além da situação crítica em saúde, educação, infra-estrutura, a maior problemática dos Cinta Larga está nas terras onde eles habitam.
Há uma grande cobiça pelo território.
A Terra Indígena Roosevelt, segundo ele, possui uma rara rocha vulcânica onde é encontrado diamante. Com isso, segundo ele, há uma corrida pela exploração da riqueza no subsolo.
A extração de mineral em terra indígena é ilegal e depende de regulamentação do Congresso. Mesmo assim, a Abin e o serviço de inteligência da PF estimam que US$ 20 milhões de diamantes do Roosevelt saem ilegalmente do País todos os meses.
O povo Cinta-Larga é composto por aproximadamente 1.600 índios que habitam as terras indígenas Roosevelt, de 230.826 hectares; Serra Morena, com 147.836 hectares; Aripuanã, com 750.649 hectares; e também o Parque indigena Aripuanã, que tem 1,6 milhão de hectares.
Na reunião, o procurador da República entregou uma carta para que os parlamentares subscrevam o documento reconhecendo os problemas enfrentados pelos indígenas. O senador Pedro Taques sugeriu prazo de 20 dias para que os deputados e senadores analisem as questões em virtude do volume de informações e da falta de tempo para assinar a carta.
Com informações de
Edailson Almeida, de Cuiabá
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