10/02/2012 07:00
ARTIGO
A preservação do meio ambiente é uma das questões mais preocupantes e dentro destes contextos se pensam através de tratados como o de Kyoto que visa a diminuição de poluentes na atmosfera e assim por diante, estamos chegando ao Rio + 20 que segue os mesmos passos da ECO 92 que naquela década causou grandes alvoroços e comoção mundial.
De fato sabemos que preservar é uma necessidade urgente e legitima para a sobrevivência da raça humana no planeta terra. Do ponto de vista preservacionista o indígena carrega dentro de si o dom de proteger seu habitat em que vive, pois entende que isto é parte vital de sua sobrevivência e garantia de vida às futuras gerações e suas descendências.
Os constantes desmatamentos que atualmente estão ocorrendo na Amazônia legal ao alto pantanal e nhecolândia sulmatogrossense, ao avanço das usinas de álcool nos preocupa em muito, pois está ocorrendo um desequilíbrio perigoso não somente aos povos indígenas, mas à sociedade num todo.
Há necessidades prioritárias de se controlar e vetar a emissão de licenças para barrar o avanço destas indústrias que causam estragos irreparáveis nos biomas do nosso pais.
O código florestal para os povos indígenas é ainda uma incógnita e que também nos deixam descrentes quanto a seus resultados de pequeno, médio e longo prazo.
Garantir aos povos indígenas a demarcação de seus territórios é o mesmo que garantir a preservação de todo um ecossistema e seus biomas.
Hoje sem sombra de duvida e sem medo de ser feliz, podemos dizer que após 512 anos de massacres, genocídios e opressões, os povos originários deste Brasil continuam com os mesmos propósitos de seus ancestrais há séculos atrás, ou seja, de propagar a manutenção de suas culturas e religiosidades e o seu modo de viver e ser milenares.
Então podemos afirmar sem medo de errar que índio e meio ambiente tem tudo a ver com a preservação da terra e suas riquezas naturais.
SANDER BARBOSA PEREIRA – ATIVISTA INDIGENA, COORDENADOR DO SETORIAL INDIGENA DO PT REGIONAL DE MATO GROSSO DO SUL, PRESIDENTE DA ONG INDIGENA CENTRO SOCIAL DE CULTURA NATIVA-MS, MEMBRO DO CMDDI-CG CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DOS INDIOS DE CAMPO GRANDE - MS
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