segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Índios saem em passeata pela principal avenida de Dourados até prédio da Funai


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Grupo quer entregar documento ao órgão e ao MPF

 22/08/2011
Ângela Kempfer
Índios de 25 aldeias fazem na manhã de hoje protesto em Dourados, pedindo segurança e demarcação de terras. O grupo, de cerca de 300 pessoas, faz a concentração neste momento na principal praça da cidade, de onde seguirá em passeata até a sede da Funai.
O movimento espera a adesão de apoiadores como o MST e Comitê Popular de Dourados, formado por entidades de trabalhadores.

A manifestação marca o encerramento do Aty Guassu, assembléia da etnia guarani kaiowá que começou no dia 19 de agosto, no Passo Piraju, em Dourados.

Durante o encontro, um documento foi elaborado que será entregue na manhã desta segunda-feira ao Ministério Público Federal e à Funai.

As reivindicações são as mesmas que há anos são reapresentadas pelos guarani, como a agilidade no processo de demarcação de terras em Mato Grosso do Sul. Mas também há preocupações recentes, como conflito armado em Iguatemi.

Segundo os índios, pistoleiros armados invadiram na madrugada do dia 14 o acampamento na área reivindicada pelos índios como terra Indígena Pueblito Kuê. “Destruíram barracas, cortaram lonas e ameaçaram homens, mulheres e crianças. Os indígenas fugiram para mato e ninguém ficou ferido”, relata o Cimi (Conselho Indigenista Missionário).

Desde o dia 9 de agosto, famílias guarani estão na fazenda Santa Rita, cujo proprietário é o prefeito de Iguatemi, José Roberto Felippe Arcoverde (PSDB). Outra questão relatada no documento é a estrutura precária de atendimento médico em aldeias de Mato Grosso do Sul e a falta de políticas para geração de renda entre os índios.

A passeata deve começar em instantes, na principal avenida de Dourados, a Marcelino Pires.

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