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Paulo Fernandes
Audiência pública proposta pelo deputado Pedro Kemp fez um diagnóstico da situação do ensino superior para os indígenas (Foto: Josy Macedo/assessoria)
Acadêmico de Ciências Biológicas, Leosmar Antônio diz que os indígenas "ousam permanecer nas universidades", superando todas as dificuldades (Foto: Josy Macedo/assessoria)
Audiência pública proposta pelo deputado Pedro Kemp fez um diagnóstico da situação do ensino superior para os indígenas (Foto: Josy Macedo/assessoria)
Acadêmico de Ciências Biológicas, Leosmar Antônio diz que os indígenas "ousam permanecer nas universidades", superando todas as dificuldades (Foto: Josy Macedo/assessoria)
Levantamento apresentado nesta sexta-feira durante a audiência pública “Educação Superior Indígena em MS”, na Assembleia Legislativa, mostra que o índice de evasão escolar indígena nas universidades é de aproximadamente 40%.
Hoje, pelo menos 700 estudantes em Mato Grosso do Sul são indígenas.
Somente a UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) possui 292 indígenas matriculados no ensino superior graças a um programa de cotas implantado em 2003.
Cerca de 200 universitários índios participaram da audiência pública proposta pelo deputado estadual Pedro Kemp (PT) em parceria com o projeto Rede de Saberes, informou a assessoria do parlamentar.
Os indígenas explicaram que um dos principais problemas é a ausência de programas de apoio institucional voltados para os acadêmicos das diversas etnias do país, diante da carência financeira das famílias indígenas.
A mãe da enfermeira Rose Mariano, da etnia Terena, emocionou a todos ao relatar as angustias pelas quais passou ao acompanhar as dificuldades da filha, que concluiu o ensino superior há dois anos.
“Ela passava o dia todo com uma bala.
Tudo isso para conseguir concluir o ensino superior”, disse. “Muitas vezes eu comia, sem saber se ela estava comendo”, acrescentou.
Prestes a concluir o curso de Ciências Biológicas na UEMS, Leosmar Antônio falou das dificuldades enfrentadas diariamente.
“Nós que ousamos permanecer nas universidades recorremos a todo tipo de subterfúgio para contornar as situações.
Alugamos pequenos quartos em fundos de bares, locais inadequados. Dormimos no chão, tendo dificuldade com vestuário e, principalmente, alimentação”.
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