terça-feira, 1 de novembro de 2011

Saúde indígena entra em colapso em MS

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01/11/2011

O contrato com a Funasa venceu ontem, e a partir de hoje, Sesai assume Saúde Indígena; impasse deixa população aflita 




 César Cordeiro DO Progresso 




indígenas estiveram reunidos ontem na Aldeia Jaguapiru em Dourados (Foto : Hédio Fazan/OPROGRESSO) 

Dourados – A situação da saúde indígena de Dourados, que já era ruim, pode ir ao caos a partir de hoje, e até mesmo entrar em colapso, quando além falta de medicamentos, viaturas, postos de saúde em ruínas, poderão também faltar médicos, enfermeiros, agentes de saúde, assistentes sociais, psicólogos e vários outros profissionais ligados a uma ONG que prestava serviços a Funasa. 

Ontem o contrato responsabilizando a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) pela função, exercida desde 1.999, venceu, e agora a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) ligada diretamente ao Ministério da Saúde, assume a responsabilidade. Acontece que os trabalhadores contratados através de uma ONG (Missão Caiuá) não sabem se vão passar a pertencer a Sesai, pois nem mesmo aconteceu a rescisão de seus contratos e existe uma decisão judicial proibindo que isso aconteça. 

 De acordo com o presidente do Conselho Distrital Indígena de Mato Grosso do Sul, Fernando Silva, em Dourados, cinco equipes formam o polo de atendimento nas aldeias, com 100 trabalhadores disponíveis. Em nível de Mato Grosso do Sul são 460 profissionais na mesma situação. 

Em todo o Brasil são 2.500 trabalhadores envolvidos neste impasse, que até o final da tarde de ontem não havia sido solucionado. “Está na Justiça Federal liminar impedindo que sejam realizadas as rescisões de contrato em nível de Brasil e com isso todos os índios serão penalizados”, lamenta Fernando.

 A maior preocupação é com os pacientes que necessitam de tratamento médico e acompanhamento contínuo como os que sofrem de tuberculose, uma doença típica das aldeias indígenas de todo o Brasil e principalmente de Mato Grosso do Sul e que depende de atenção diária por parte das equipes de saúde. 

 FALTA D’ÁGUA 

 Uma reunião realizada na tarde de ontem com os profissionais envolvidos na questão e representantes das comunidades indígenas também abordaram a questão da falta d’água na reserva de Dourados. 

O fornecimento de água é de responsabilidade Sesai, que foi criada há cerca de um ano. Apenas um poço abastece as duas aldeias indígenas de Dourados. Ocorre, que segundo explicações de Fernando Silva, recentemente o fornecimento passou a ser feito de maneira revezada, em função de um defeito apresentado no comando. 

 “No caso da água a oferta é bem menor que a demanda e o que vem ocorrendo é que hoje ela vai para determinada região e amanhã para outra, com isso os moradores nunca podem contar com o fornecimento diário de água, mas a necessidade exige que seja assim e esta situação vai ter que mudar”, afirma.

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