quinta-feira, 27 de junho de 2013

Terenas querem que governo federal compre terras de fazendas ocupadas em Aquidauana

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27/06/2013    10:47

Pio Redondo


Reunião de lideranças terenas e kadiweu, hoje à tarde no município de Anastácio, manteve a decisão de permanecer nas das fazendas ocupadas em Aquidauana - Esperança e Fazendinha- que pertenceriam á 'Terra Indígena Taunay-Ipegue, Segundos os índios, apesar do prazo judicial de desocupação das áreas vencer amanhã.  

Em contrapartida, as lideranças terenas reunidas no Sindicato dos Trabalhadores da Prefeitura de Anastácio decidiram que vão pleitear a compra das fazendas Esperança e Fazendinha em reunião entre índios Guaranis, Terenas e Kadiweu com a Funai, fazendeiros, procuradores do Ministério Público Federal, Advocacia Geral da União, deputados e o governo estadual.


 A reunião será na Governadoria - a sede do governo estadual do MS - nesta quinta-feira, em Campo Grande. A informação é do advogados dos terenas, Luiz Henrique Eloy.  

A decisão do governo Dilma de comprar a fazenda Buriti, em Sidrolândia, também ocupada por terenas e local da morte de Oziel Gabriel, influiu no ânimo das lideranças indígenas. Dias antes, em Sidrolândia, um grupo que ocupava a Fazenda Água Clara deixou as terras a pedido dos caciques, para facilitar o entendimento no fórum entre indígenas e fazendeiros criado em Campo Grande pelo ministério da Justiça. 

Anteriormente à reunião de hoje, já havia a posição tirada em assembleia dos ocupantes da fazenda Esperança em resistir à ordem de desocupação, mesmo com a requisição de forças policiais do juiz Renato Toniasso, da 1ª Vara Federal de Campo Grande, divulgada na terça-feira. 

Como resposta à decisão judicial em caráter liminar, os terenas ainda ocuparam uma fazenda vizinha à Esperança – a Fazendinha. Além disso, os indígenas fixaram um prazo que vence hoje pata que os proprietários retirassem todos os pertences das fazendas ocupadas. 

Ontem, um informe da rádio Alternativa Indígena, que fica dentro das reservas da ‘Terra Indígena Taunay-Ipegue’, informou que o clima nas fazendas ocupadas era tenso: “É tenso o clima na Aldeia Esperança”. 

Um guerreiro indígena disse em entrevista “estamos preparados para tudo, não vamos sair”. Nas das fazendas ocupadas os mais de 500 construíram abrigos improvisados e plantaram roças. 

 Ao mesmo tempo, o informativo ‘Aty Gasu’, dos Guaranis Kaiowas, garante que entre os dias 25 e 28 deste mês, cerca de 20 mil vão protestar pela demarcação das reservas da região sul do estado, onde o clima de conflito é bem anterior à região a que pertencem os terenas. 

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