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19/10/2011
DA EFE
DA EFE
O presidente boliviano, Evo Morales, aceitou um diálogo "direto" com os dirigentes indígenas que nesta quarta-feira entrarão em La Paz após 65 dias de marcha, período em que o governante rejeitou ir ao encontro da mobilização.
Os indígenas exigem que Morales desista do projeto de uma estrada que atravessará o Território Indígena Parque Nacional Isiboro Sécure (Tipnis), financiada pelo Brasil e construída pela OAS.
Os manifestantes, que acampam na noite desta terça-feira na entrada de La Paz, expulsaram do lugar o vice-ministro de Coordenação com os Movimentos Sociais, Cesar Navarro, que levou a mensagem de que Morales finalmente acedeu ao diálogo que exigiam sem sucesso desde 15 de agosto.
Também rejeitaram as roupas e os alimentos levados pelas ministras de Justiça, Nilda Copa; Desenvolvimento Rural, Nemesia Achacollo; e Transparência, Nardi Suxo, que foram igualmente afastadas do acampamento.
Segundo a Confederação de Povos Indígenas do Oriente Boliviano (Cidob), as quatro autoridades foram expulsas pela "soberba" com que o Governo de Morales tratou os indígenas, que foram reprimidos violentamente por cerca de 500 policiais em 25 de setembro, após a visita de vários ministros.
Os dois mil manifestantes da região amazônica pretendem chegar nesta quarta-feira à Praça Murillo, sede do Governo e do Legislativo, para exigir respeito a seu território.
A passeata chega à capital do país apenas dois dias depois de Morales ter sofrido sua primeira derrota eleitoral desde 2005, em um pleito judicial no qual a oposição impulsionou os votos nulos e em branco, que superaram 60% do total.
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