03/12/2011
Wendell Reis
Indígenas da aldeia Água bonita, na saída para Cuiabá, em Campo Grande, realizam na tarde deste sábado (3) um Tributo Público pedindo justiça e fim da impunidade contra indígenas no Mato Grosso do Sul.
A comunidade que também pertence à etnia Guarani kaiowá está preocupada com a invasão em Aral Moreira e teme pela vida dos familiares.
O presidente da associação dos moradores e do conselho estadual do direito do índio, Nito Nelson, conta que o tributo é realizado contra a impunidade e pedindo celeridade nas investigações sobre o sequestro de quatro pessoas em Aral Moreira. “Lideranças já foram assassinadas.
Líder sequestrado e mais quatro pessoas desaparecidas. Queremos justiça e que ache o culpado o mais rápido possível. Não queremos outra coisa”.
Nito esteve em Aral Moreira na quarta-feira (30) e conta que a situação está cada vez pior.
Ele revela que ontem (2) recebeu a ligação de um familiar informando que eles ainda estão recebendo ameaças. A informação é de que um novo grupo de pistoleiros estaria se preparando para invadir a aldeia e realizar novos ataques. “Nós que estamos fora do local que se preocupamos mais com nossos parentes”.
O líder indígena explica que o problema atinge toda a região, de Ponta Porã a Paranhos. Apesar da Força Nacional estar no local, os indígenas temem que novos ataques sejam realizados no momento em que eles se deslocam pela região.
Nito conta ainda que recebeu a informação de que indígenas teriam encontrado uma caminhonete abandonada com sangue na carroceria em Aral Moreira.
A suspeita é de que o veículo teria sido utilizado no ataque.
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